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Modelos Tradicionais

Os modelos tradicionais de avaliação de empresas estão assentes em dados contabilísticos e em critérios restritivos na qualificação dos activos intangíveis, como se pode ver na parte final do capítulo 3 deste trabalho, não podem, por isso, responder à avaliação exaustiva das componentes a considerar no capital conhecimento.

A observação dos modelos tradicionais de avaliação de empresas, foi necessária para compreender até que ponto poderiam servir os nossos objectivos de medição do capital conhecimento. Concluímos que não podem responder por assentarem em critérios restritivos de identificação dos activos intangíveis designados por goodwill. Supostamente, a sua aplicação prática é sempre acompanhada com análises complementares seleccionadas em função dos interesses do avaliador e de quem encomenda a avaliação.

Os modelos tradicionais de avaliação de empresas calculam o Goodwill a partir dos dados contabilísticos passados ou projectados para o futuro. A teoria sustenta que a projecção deve assentar na análise da situação da empresa no seu ambiente, designadamente as condicionantes macroeconómicas, da concorrência, do mercado de capitais, dos dados financeiros e da situação operacional da empresa. A prática é mais conservadora, conduz normalmente à utilização de soluções de compromisso e estimativas aproximadas.

O conceito de Goodwill usado por todos estes modelos tradicionais de avaliação de empresas, tem um conteúdo próximo do de Capital Conhecimento que temos vindo a desenvolver, mas é mais restritivo. Ambos pretendem valorizar intangíveis, mas diferem devido à área científica de origem e às metodologias e pressupostos de medição a que recorre cada um dos grupos de teóricos que usam os conceitos. O termo goodwill é usado pelos teóricos da contabilidade e finanças enquanto que o termo capital conhecimento foi criado recentemente pelos teóricos mais próximos das tecnologias de informação.

Os teóricos das tecnologias de informação, abordam o problema numa perspectiva direccionada para a busca de origens e conteúdos para o conceito, assentes na performance dos activos de conhecimento derivados do caminho comum da formação do conhecimento (factos → dados → informação → conhecimento). Os teóricos da visão contabilística e financeira têm uma perspectiva mais prática, rígida e direccionada para a avaliação global de empresas, por ocasião de fusões ou aquisições.

Os modelos de capital Capital Conhecimento tentam integrar outras fontes de dados além dos contabilísticos e financeiros. Partem, em regra, da constatação da existência de conhecimento nas pessoas, no relacionamento, nos clientes, nos processos da empresa, na capacidade de renovação e desenvolvimento e no ambiente onde actua, como é o caso do modelo de Leif EDVINSSON.